Arquivo

Posts Tagged ‘turismo’

A Holanda segundo o Jornal da Record

Na minha opinião, esta série de reportagens é interessante por abordar assuntos como a prostituição e drogas com seriedade, por sair de Amsterdã e mostrar diversas cidades holandesas e o que há de mais avançado no que diz respeito à convivência/luta dos holandeses com as águas, além do porto de Roterdã, das bicicletas e dos pontos turísticos mais visitados.

As reportagens foram exibidas durante uma semana no Jornal da Record no final de agosto de 2010.

Parte 1: A liberdade holandesa


Parte 2: Um país abaixo do nível do mar

Parte 3: bicicletas

Leia mais…

Turismo para ‘diehards’

Em seis de junho as obras do metrô em Amsterdã estavam abertas para visitação. Era possível ver as escavações dos buracos espalhados pelos nove 9,7 quilômetros que, segundo a previsão, devem unir a cidade de norte a sul a partir de 2017.

Tirando o fato de que a obra está estimada em 3,1 milhões de euros e de que diversos moradores se mudaram dos arredores de uma das estações porque os prédios deles afundaram alguns centímetros, quem é que se interessa em visitar uma estação de metrô inacabada?

Leia mais…

Memórias de férias em Terschelling

“Terschelling faz parte da província de Friesland?” – pergunta um turista.
“Não, é a província que faz parte de Terschelling”, responde o morador da ilha e condutor da carroça.

A vida em Terschelling pode ser simples como colher – e em seguida, comer – morangos e bagas frescas ou como sentar-se no jardim e observar a imensidão do céu numa noite sem estrelas e sentir o conforto no vazio do universo.

Caminhar pela natureza pode ser uma aventura:

* é voltar para casa com os pés pretos da lama do mar de Wadden ao caminhar perto do dique;
* é a tranqüilidade de andar horas pelas dunas, próximo ao mar;
* é o friozinho na barriga de não saber estar caminhando na direção certa e sequer encontrar alguém para confirmar o trajeto.

Ainda que a ilha seja relativamente pequena (674 km2) e que a população suba, de cinco para mais de vinte mil habitantes, durante o verão, é possível caminhar horas sem encontrar viv’alma.

Terschelling é também…
… assistir ao show de André Manuel en de Ketterse Fanfarre no Vijfpoort super lotado e, em seguida, olhar para o horizonte e ver um amplo pôlder iluminado apenas pela lua cheia…

… ou voltar ao mesmo café uma semana depois – desta vez quase vazio – e ser reconhecida pelo dono do bar… e ouvir Neil Young, Joy Division e outros do mesmo estilo…

…ou dançar ao som do velho rock’n roll a noite toda no Wrakkenmuseum (museu de quinquilharias encontradas em navios naufragados)…

… e beber e conversar com alguém que você nunca viu antes e chamá-lo pelo nome de um velho amigo e ele aceitar sem questionar…

Categorias:Holanda Tags:, ,

NDSM-werf: o porto do submarino

O submarino do post abaixo está ancorado no NDSM-werf. O local sedia também o Over het IJ Festival.

Nessa área da região norte de Amsterdã funcionava o antigo estaleiro da cidade. Atualmente, o aspecto industrial contrasta com a idéia da prefeitura em transformar o local em reduto cultural e de divertimento. O cenário parece inspirar.

Atualmente, cerca de 250 artistas trabalham no antigo estaleiro, que também abriga uma pista de skate indoor. Há pelo menos três restaurantes e um botel (barco+hotel).

Rua digital, rua analógica, avenida hardware e avenida teclado são nomes de algumas das vias públicas que constam no mapa do bairro.

Abaixo, algumas fotos (de tikitoko) com áudio-comentários sobre o local:

[splashcast c DYPI2194OS]

O ferryboat NDSM-werf atrás da Estação Central leva pedestres e ciclistas ao local. O transporte é gratuito e a viagem dura cerca de 10 minutos.

Submarina meets submarino

Submarina encontra submarino em Amsterdã!

Leia mais…

As uvas-do-monte de Terschelling

Terschelling é também sinônimo de cranberries (uvas-do-monte). Uma das empresas que as cultivam garante que esta ilha, localizada na província de Friesland, é o único lugar do mundo em que as frutinhas podem ser encontradas na versão orgânica.

Diz a ‘lenda’ que, por volta de 1839, diversos barris com bagas vermelhas foram encontrados na praia de Terschelling. Os jutters (colecionadores de objetos naufragados) se dirigiram rapidamente ao local, pensando que haviam encontrado um estoque de vinho. Decepcionados, deixaram as frutas nas dunas, que acabaram se adaptando e brotando no solo da ilha.
Leia mais…

O assunto do momento

09 - 07 - 2008 Comentários desligados

Recesso escolar e parlamentar. A cidade está tranqüila, pouca gente no trabalho, tempos de pepino

Quando você vai de férias? Para onde você vai? E quanto tempo fica por lá?

Estas são as perguntas que mais ouço nesse início de julho. Ao entrar na padaria, na ótica, no pet shop ou em qualquer outro estabelecimento comercial, no trabalho ou entre amigos, as férias são o assunto momento.

Alguns vão para balneários holandeses, outros escolheram destinos europeus onde há mais garantia de sol, como a França, Espanha, Portugal e Itália. Neste ano, pessoas que eu conheço e que vão passar as férias em outros continentes optaram por Vietnã, Laos, Austrália, Peru, Costa Rica e Estados Unidos (Califórnia).

É verão e as temperaturas na Holanda estão amenas. E para quem fica no país, há muitas atividades ao ar livre programadas, com destaque aos festivais.

Morando no Bairro da Luz Vermelha

H. mudou-se há menos de um mês para um apartamento no centro de Amsterdã, a duas quadras do Dam. A janela dos fundos dá para a Oudekerk.

Vista da janela“As duas primeiras noites, quando me mudei para cá, ouvi uma gritaria infernal. Acho que uns 50 turistas ingleses, que andavam em bando, passaram em frente a minha casa. Pensei que teria de me acostumar, mas depois isso nunca mais aconteceu, é uma vizinhança tranqüila”, conta H.

Ele está curtindo morar numa área tão freqüentada por turistas do mundo todo que buscam o prazer carnal, quer seja para satisfazer a libido, em uma das vitrines com luzes vermelhas, ou o alimentar estômago, em um dos mais variados restaurantes orientais, de chineses a tibetanos, passando por tailandeses, indonésios e japoneses.

Leia mais…

Aventuras de uma matuta

Logo que me mudei para cá, tive a oportunidade de conhecer Kinha Costa. Na ocasião, ela me presenteou com seu livro “Impressões de uma Matuta – aventuras brasileiras nos países baixos”.

Matuta porque Kinha nasceu como Francisca Soares da Costa em Serra da Formiga, vilarejo no Rio Grande do Norte. Ela “deu certo” do outro lado do oceano, como ela própria conta.

Impressões de uma matutaDevorei o livrinho de uma “pegada” só, tamanha curiosidade e paixão pelo jeito dela escrever, crônicas hilárias e poéticas, ilustradas por Carlos Duba.

De forma bem humorada e crítica, ela conta passagens da própria vida; como se apaixonou pelas bicicletas, pelos dropjes, seu amor por Amsterdam, e é claro, pelo holandês com o qual está casada.

O livro também é um diário público, oportunidade de conhecer alguns personagens brasileiros que vivem nas terras baixas e são retratados através das lentes da autora.

Leia mais…

A casa da menina do diário

“Hei de publicar um livro depois da guerra com o título O esconderijo secreto. Se serei ou não bem sucedida, não se pode prever, mas o meu diário me servirá de base”.
Anne Frank

Talvez o diário dela, traduzido para 67 idiomas, seja um dos mais lidos no mundo. E o esconderijo seja um dos pontos turísticos mais visitados de Amsterdã. Faça chuva ou faça sol, verão ou inverno, sempre há filas de pessoas para conhecer o local em que a guria viveu com sua família antes de ser levada para o campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, e falecer de febre tifóide no campo de concentração, em Bergen-Belsen, na Alemanha, aos 15 anos.

Pode causar uma sensação estranha visitar uma casa que ‘vivenciou’ tanto sofrimento. Logo na primeira sala há uma maquete, com uma réplica em miniatura dos móveis, já que estes também foram levados pelos nazistas quando os Frank, os Pels e Fritz Pfeffer, que ali viviam de maneira clandestina, foram delatados.

Difícil não entrar naquele lugar sem se arrepiar. Em todos os cômodos há passagens do diário, o que comprova a história e nos faz pensar nos horrores de guerra, de ontem e de hoje. E esse é também um dos objetivos da Fundação Anne Frank: “promover a tolerância e o respeito mútuo na sociedade”.

***

Para visitação, há um guia da casa em português. Na loja (física ou virtual), também é possível encontrar o livro Anne Frank, uma história para hoje em português do Brasil. Em português de Portugal podem ser encontrados o Diário da Anne Frank e Anne Frank, uma vida, uma biografia para crianças em português de Portugal.

Pela internet, e pagando €0,50 extra, é possível comprar os ingressos com antecedência, com data e hora marcada.

No ano passado, a Fundação Anne Frank trouxe uma mostra com cartas inéditas. Aqui há cópias e áudios delas em português.